sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Música na Internet e turnê na Europa


IPC
: Por que lançar o novo CD primeiro na internet e como vocês descrevem esse novo álbum?

MCA: Nosso antigo álbum já estava na internet, mas ele não foi lançado nela. A Trama é muito importante nesse segundo disco, porque ela também acredita no dowload gratuito e com isso criamos uma parceria muito importante.

O download gratuito, assim como a internet, é uma nova forma de alcance e divulgação da música. A gente chegou nesse conceito percebendo como nós mesmos interagimos com a música – que é principalmente pela web.. Não dá pra negar, todo mundo baixa música. Nunca se ouviu tanta música como hoje.

Em apenas uma semana quem lançamos o álbum, o número de pessoas que fizeram download ultrapassa o número que compraram o nosso antigo disco. Nós já temos sete mil downloads, praticamente mil por dia.

No início da banda o Andre foi chamar o Borém pra banda, logo depois dele emprestar duas fitas pra o André de umas bandas que estava ressurgindo o swing nos EUA, que ele tinha baixado pelo hotline na internet. Depois de escutar o André veio e disse: “Caramba é isso mesmo que eu estava querendo pra banda, mais ou menos esse estilo”. Então a nossa própria experiência musical é embasada nos downloads da internet, e não podemos ser hipócritas com isso.

O principal desse álbum foi o processo mais colaborativo que ele teve. Todo mundo trabalhou junto, todos ajudaram. As músicas foram compostas todas em grupo, isso é o importante porque é o diferencial da banda. Além do mais, o disco tem esse nome porque acreditamos que o disco só é completo, quando as pessoas escutam ou vão ao show, completando assim o ciclo de abrangência de um CD.

IPC: Como foi a turnê que vocês fizeram na Europa no ano passado

MCA:
Primeiro a Europa foi muito importante pro segundo disco, porque foi lá vimos e escutamos um monte de referências que contribuíram para a criação do segundo disco. E o mais legal foi ter a certeza de que a nossa música funciona independente da língua. Foi uma coisa que abriu muito os nossos horizontes. Nós tínhamos muito medo disso.

Ao mesmo tempo foi muito normal, porque as reações das pessoas foram iguais daqui do Brasil. Um bando de gente pulando e dançando e estando feliz por estar curtindo a música. Todo mundo suado porque dançou e pedindo bis. Nós até ficamos em dúvida sobre o bis e todo mais. Nós questionávamos: “Ah será que aqui é normal pedir bis? Será que é correto nós voltarmos para tocar de novo?”. E em todos os shows o pessoal pediu bis.

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