sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Enfim uma banda de rock brasiliense

Nos tempos de Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Raimundos ouvir rock de qualidade tinha endereço certo: Brasília. Em cada canto da cidade era possível participar desde uma pequena reunião de amigos e violões debaixo de um bloco no Plano Piloto, quanto grandes shows apadrinhados pelos estudantes da UNB (Universidade de Brasília). Mas o tempo foi passando, o volume diminuindo, e atualmente em Brasília ouve-se de tudo, mas pouca coisa de rock.

Na contramão deste cenário nasceu o Móveis Coloniais de Acaju, que recentemente lançou o seu segundo CD, “C_MPL_TE” (Complete), de uma forma diferente: disponibilizou o disco para download gratuito no site da produtora, a Trama. Segundo Fábio Fuji, produtor da banda, em menos de uma semana em que disponibilizaram o disco na internet, conseguiram contabilizar sete mil downloads. “O número de pessoas baixando o CD ultrapassou o número comprou o disco anterior. Por isso usamos a internet a nosso favor”, acrescentou Fuji.

Com nove integrantes a banda suou bastante para conseguir o seu espaço no cenário cultural de Brasília. Segundo Eduardo Borém,gaitista e tecladista, antigamente o Móveis fazia a maioria dos seus shows na capital federal, agora são apenas a quatro ou cinco apresentações por ano.

A banda de garotos de Brasília nascidos em outros Estados brasileiros, concedeu uma exclusiva ao IpêrCult para mostrar o “caminho das pedras” para as bandas independentes da cidade e contar as aventuras desses 10 anos de carreira. Com vocês Móveis Coloniais de Acajú!

IpÊrCult: Como surgiu a idéia de montar uma banda tão ampla e com um nome tão atípico?

Móveis Coloniais de Acajú: Na verdade nunca foi nossa intenção montar uma banda para ganharmos dinheiro e vivermos disse. Éramos apenas amigos de colégio, onde cada um sabia tocar alguma coisa e nos encontrávamos para tocar e tudo mais. Uma coisa era certa, estávamos juntos para nos divertirmos. A diversão era o nosso mote, não tínhamos nenhuma pretensão de ser uma grande banda. Nossa formação inicial tinha seis integrantes, e dessa formação só ficou o Eduardo Borém (gaitista e tecladista) e o André (vocalista).

Nosso nome é bem esquisito, como também é a nossa formação. Escolhemos este nome com o intuito de prestar uma homenagem à Revolta do Acaju, que acontecer em meados do século XVIII. Nesta época índios e portugueses se juntaram para tomar de volta a Ilha do Bananal da Coroa Britânica. Durante tal confronto, vários móveis feitos de madeira acaju mongnole foram destruídos, dando o nome a revolta.

IPC: Qual a principal influência de vocês?

MCA: Nossa, somos 10 integrantes contato com o Fuji, nosso produtor. Falar da influências dos 10 é difícil (risos). Bem, é claro que temos nossas bandas preferidas que ditam nossos gostos. Tem um que gosta de Djavan, Marisa Montes e não gosta de Beatles. Já outros que adoram Beatles e não suportam Marisa Monte, entende?! O mais interessante é que somos muitos que gostamos de várias coisas diferentes um dos outros, mas nos damos super bem e sabemos fazer com que nossas influências se convergerem e dar um ótimo som, que é o som que o Móveis produz. As pessoas gostam da nossa música por causa disso, da mistura de ska, rock e MPB que colocamos nas nossas músicas.

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